TRUMP AUMENTA PRESSÃO SOBRE O BRASIL E ABRE ANÁLISE QUE CITA O PIX E A 25 DE MARÇO.
Medida amplia tensão entre os países e mira práticas do comércio e da indústria.

O presidente dos Estados Unidos Donald Trump, elevou o tom contra o Brasil ao anunciar, nesta terça-feira (16), a abertura de uma nova investigação sobre supostas redes internacionais de crime financeiro. O país foi citado diretamente em documentos preliminares, que mencionam o sistema de pagamentos instantâneos Pix e a popular Rua 25 de Março, em São Paulo, como possíveis pontos de atenção.
De acordo com aliados de Trump no Congresso americano, a investigação será conduzida por um comitê ligado ao Partido Republicano e pretende mapear mecanismos que estariam sendo usados para movimentações financeiras ilegais, pirataria e evasão de divisas. O Pix, criado e operado pelo Banco Central do Brasil, foi citado como “ferramenta de difícil rastreamento quando utilizada em operações fracionadas por organizações criminosas”.
O processo foi iniciado na última terça-feira (15) pelo United States Trade Representative (USTR), o órgão Norte Americano, responsável por cuidar de assuntos comerciais fora dos Estados Unidos, com base numa antiga lei estadunidense usada para justificar retaliações contra países que, na visão americana, prejudicam empresas locais.
Já a 25 de Março, maior centro de comércio popular da América Latina, apareceu em menções como “epicentro de distribuição de produtos contrabandeados que alimentam o mercado paralelo em diversos países, inclusive nos Estados Unidos”.
A inclusão do Brasil na investigação norte-americana causou reação em Brasília. Em nota oficial, o Itamaraty afirmou que o governo brasileiro “repudia qualquer tentativa de vincular instituições legítimas do país a atividades ilícitas sem evidências concretas”. O Ministério das Relações Exteriores também destacou que não recebeu qualquer notificação formal sobre a apuração e classificou as declarações como “inapropriadas e eleitoreiras”.